Tipos e classes de erros humanos: O erro é uma falha ao buscar atingir um objetivo decorrente de ação imprevisível e sem possibilidade de intervenção. Todo erro envolve algum tipo de desvio, popularmente os erros humanos são denominados de atos inseguros, os erros ou falhas podem ser tipificados: Considerando os níveis de desempenho no trabalho, este tipo de erro é baseado na habilidade e inclui deslizes e lapsos envolvendo a atenção (deslizes) e a memória (lapsos), as ações são conduzidas como planejadas, mas o plano é inadequado para resultados desejados, este tipo de erro é denominado equivoco, este pode ser desdobrado, baseado em regras e em conhecimento, ou as regras não são claras ou as informações insuficientes. O equivoco é um erro típico de julgamento. As ações são executadas em desacordo com o procedimento, este tipo é denominado de violação. Pessoas frustradas podem descarregar atos de vingança, incluem nas classes de erros humanos que denominam sabotagem.
Lapso e deslize: são erros humanos típicos associados a percepção, resultam da dificuldade de identificação de objetos, mensagens, sinais, advertências, em termos de uso de memória, da dificuldade de lembrar fatos muitas vezes decorrente do cansaço, da idade, ou por atos automático, quando o nível de atenção é praticamente nulo, o erro tipo lapso é caracterizado por um “branco” na memória, o deslize é aquele que pensamos em fazer alguma coisa e procedemos diferentemente, este é de difícil prevenção, do ponto de vista da intencionalidade é classificado como erro não intencional.
Equivoco: é um erro típico de julgamento e está associado ao planejamento da tarefa ou na solução de um problema e decisão, significa processar informações incompletas. Exemplo clássico de equivoco é aquele em que se decide colocar um equipamento em operação não sinalizado, existem ainda pessoas trabalhando, a prevenção deste tipo de erro é desprovida de comunicação apropriada, incluem sinalização horizontal, vertical, advertência e alarmes, este tipo de erro é também classificado como erro não intencional.
Violação: é a negação consciente de princípios, regras e procedimentos, em termos de decisão significa decidir e adotar ação contrária, é julgado correto, pode assumir 2 facetas: a violação cultural e a violação excepcional, a primeira na cultura organizacional e seu aval no reforço equivocado de comportamentos inadequados. É reforçada na capacitação adotada, a segunda a violação como ganhar tempo, encurtar caminho, classificadas como erros intencionais, sempre justificadas por um motivo, mesmo sabendo que é ilegal.
Sabotagem: alimentam sentimentos de frustração, mágoa e mesmo de raiva. A consequência é a revolta, origina-se de descontentamento com a administração, a prevenção de erros desta natureza passa pelas relações de trabalho, um clima de insatisfação, tornando o trabalho um sofrimento.

Conclusão: Denominar o erro humano apenas de ato inseguro é uma síntese perigosa, podem estar associados a desvios mentais de informações no nível de desempenho e na intencionalidade. Compreender o erro é um passo na sua prevenção, rotulá-lo como ato inseguro é olhar superficialmente para o problema.
RISCO: Risco deve ser pensado como um número, que usualmente pode ser considerado como função da probabilidade da condição perigosa se materializar em um evento indesejado e da consequência que essa materialização irá causar (consequências como danos materiais, ferimentos, mortes etc.).
CONDIÇÃO PERIGOSA: O termo condição perigosa deve ser considerado como uma característica intrínseca que, se materializada, pode levar a um incidente ou acidente; em outras palavras, é uma condição com potencial geração de um dano. Em alguns casos violando uma barreira ou um obstáculo, estará em uma condição perigosa e não necessariamente em perigo.
PERIGO: Perigo é a exposição à condição perigosa. Se a condição perigosa estiver presente, mas não houver pessoas expostas a ela, então não há perigo!
Ouvir: O ato de ouvir, nada mais é que utilizar os ouvidos, a audição, perceber o som, o ruído.
Escutar: Significa que você ouviu com atenção, tentou interpretar o que está sendo ouvido, não quer dizer que entendeu
Entender: Significa que a pessoa escutou e decorou o que foi apresentado e, não significa que compreendeu.
Compreender: Significa que você precisará perder tempo para dar atenção, questionar o assunto, pensar a respeito em como aplicar.
Em um treinamento o palestrante precisa perceber em que grau cada um de seus espectadores estará e as escritas terão que estar de forma clara, visível e curta.
O excesso de informações em avisos, sinalizações e mensagens podem atrapalhar podendo gerar duvidas, tornando um ato inseguro.